A
temperatura dos lábios, a umidade da lÃngua e a sensibilidade dos órgãos
genitais fazem do sexo oral um dos contatos mais eróticos e estimulantes que um
casal pode vivenciar. Mas quem pratica a felação -o contato oral da mulher com
o órgão masculino- ou o cunilÃngua -o do homem com o genital feminino- precisa
ter mais do que técnicas: fazer e receber sexo oral requer proximidade e desejo
de compartilhar da experiência no mesmo clima, seja de paixão e cumplicidade,
desejo ou curiosidade. O primeiro passo é estar à vontade, livre de tabus e
inibições. O segundo é estar com vontade. Técnicas mirabolantes nem sempre têm
o mesmo efeito de um segredo simples e estimulante: olhar para o parceiro -ou
parceira- enquanto está fazendo sexo oral aumenta a excitação, segundo a
norte-americana Lou Paget, educadora sexual e autora de "How to Be a Great
Lover" (o livro está disponÃvel somente em inglês na Livraria Cultura).
"O olhar revela o prazer que se está tendo em dar prazer ao outro. Além
disso, ver que o parceiro se diverte ao mesmo tempo que mantém o controle da
situação convida a uma entrega mais relaxada e dá uma sensação de
segurança", ensina a autora.
Parceiros responsáveis ou casados, que dispensam o preservativo, têm um
contato mais direto com o sêmen e as secreções vaginais. Isso não faz mal para
a saúde quando não existem vÃrus e bactérias (leia quadro), mas também não traz
nenhum tipo de benefÃcio: crenças como a de que o esperma faz bem para a pele
não têm fundamento cientÃfico. Com relação ao gosto, o esperma é uma secreção,
como o suor ou a saliva; mistura espermatozóides, proteÃnas, frutose,
vitaminas, sais minerais, entre outros ingredientes, e tem um sabor levemente
salgado, às vezes amargo. Variam a textura e o volume, dependendo da freqüência
da relação sexual -se um homem ejacula a cada 15 dias, seu esperma contém um
volume maior de espermatozóides, concentra mais proteÃnas etc., adquirindo uma
consistência mais densa. Mas, quando a ejaculação acontece em intervalos
menores, a secreção tende a ficar mais rala e com sabor mais aguado. Mudanças
na alimentação não alteram significamente o gosto do sêmen, mas uma dieta mais
ou menos ácida tem ligação direta com a maior ou menor acidez das secreções. A
indicação para mulheres que têm candidÃase e outros corrimentos, por exemplo, é
diminuir a ingestão de alimentos ácidos que comprovadamente acentuam a acidez
da flora vaginal e pioram o quadro. Ainda assim, tem quem dê receitas. No livro
"Mais de 100 Dicas Surpreendentes Sobre o Sexo" (Ed. Vitória Régia,
110 págs., R$ 23), a autora Lisa Sussman ensina: "O que se comer e beber
horas antes da relação vai influenciar muito o sabor de uma mulher. Bebidas
alcoólicas, alho, gorduras saturadas (como a da carne vermelha), molho de soja
e comidas quentes darão às suas secreções um sabor amargo, enquanto os pratos
menos temperados vão produzir um sabor mais neutro. O açúcar, entretanto,
deixará uma lembrança doce".
Um comentário:
ola essa postagem foi muito boa
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